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Design é repensado para acompanhar tendências mais conscientes

A tecnologia e a maneira como ela se relaciona com os usuários avança no mesmo passo que se torna urgente repensar as nossas formas de consumo. Para responder com responsabilidade aos novos desafios de um mundo que caminha para mais uma revolução industrial, é preciso pensar em inovação. 

Como o design responde a essa nova demanda, e como, em menor escala, isso acaba impactando o nosso ambiente de trabalho? Pensando nisso, fomos atrás das tendências que o design tem perseguido para mudar não só o espaço físico que ocupamos, mas também a maneira como as pessoas têm se relacionado dentro deles.

Todos por um
Se, por um lado, os espaços integrados já ditam os novos layouts das empresas, agora o desafio é fazer com que os colaboradores abracem as diferentes identidades que fazem o negócio girar. 

A mão humana, a criatividade e a livre escolha por cores, texturas e materiais – sem deixar de lado o apuro estético e a noção de que tudo se comunica diretamente com o nosso estado de espírito – começam a ocupar o lugar dos algoritmos prontos. 

Configurações modulares de salas e mobiliários dão espaço para que os grupos encontrem a melhor maneira de trabalhar. Elementos que remetem às memórias afetivas dos usuários, ou que os façam se sentir “em casa” para se adaptarem melhor ao ambiente de trabalho, também ganham cada vez mais espaço. É o design que abraça as diferenças e que pensa nos menores detalhes para fazer com que as partes mais que se integrem: se unam!

A linha Regard, da Steelcase, foi pensada para melhorar os momentos de transição em locais de espera. Cada um dos 150 componentes da linha foi projetado para fácil montagem, configuração e substituição. Foto: divulgação Steelcase

Design responsável
Os mesmos negócios de sempre já não atendem aos anseios de uma geração cada vez mais consciente daquilo que consome. Mais do mesmo já não convence – e nem surpreende – aqueles que entendem a urgente necessidade de repensar aquilo que compram – sejam produtos, serviços ou até ideias. A responsabilidade, hoje, deve nascer no modelo de negócio e se estender ao ambiente construído e aos produtos e serviços oferecidos ao mercado. 

De acordo com um levantamento feito pelo ArchDaily em 2018, temas como “reciclagem” e “consciência ecológica” cresceram em relação ao ano anterior nas pesquisas feitas pelos seus leitores. “Reformas”, “reabilitação de espaços” e o foco em “materiais e técnicas locais de construção” têm despertado mais o interesse de arquitetos e projetistas que navegam pelo site. 

A 2hD Architecture Workshop, com base em Nottingham (Reino Unido) e Oslo (Noruega), projetou um micro-escritório com as fachadas externas revestidas com cabeças de vassouras de fibra de coco natural. Foto: Thibaut Devulder/divulgação 2hD

Go vegan! 
Seguindo a tendência de repensar todo o modelo de negócios para atender a uma demanda crescente de consumo, o Bompas & Parr criou a primeira suíte de hóspedes totalmente livre de materiais ou objetos de origem animal do mundo em uma das filiais do hotel Hilton, em Londres. 

As superfícies são revestidas de Piñatex, um tecido de couro alternativo feito de fibras de celulose encontradas em folhas de abacaxi. Ao invés das penas, os recheios dos travesseiros são feitos de trigo mourisco orgânico, sementes de milheto ou fibras de bambu. Além disso, o algodão foi usado no lugar da lã para fazer o tapete, apenas para citar os itens de acabamento e decoração que foram pensados para o espaço.

Foto: divulgação Hilton London Bankside


Natureza reinterpretada
As fronteiras entre o que é natural e o que é sintético começaram a se confundir. Se antes ainda ficava claro que a madeira não era bem uma madeira, hoje a tecnologia já produz matérias-primas idênticas às naturais, como o couro impresso digitalmente. Na Expo Revestir 2018, os produtos que reproduzem as características originais de materiais brutos foram destaque, como a linha Shou Sugi Ban, da Castellato.

Foto: divulgação Castellato

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