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Inteligência Artificial subsidia arquitetos em projetos de ambientes mais humanizados

De uma simples busca no Google até as melhores sugestões que aparecem nas nossas listas de apps de filmes e séries via streaming, percebemos que a Inteligência Artificial já faz parte do nosso dia a dia. Tanto que talvez nem nos imaginemos mais como nos locomover por grandes cidades sem usar Waze ou Google Maps para prever a melhor rota e desviar de vias carregadas.

A verdade é que tecnologias disruptivas, como a IA e a Internet das Coisas (IoT), começam a surgir numa velocidade exponencial para facilitar decisões em diversos campos do conhecimento. O resultado são produtos que respondem – e até se antecipam – às nossas necessidades sem tanto esforço humano.
Na arquitetura não é diferente. Imagine delegar aos robôs a função de analisar e responder em tempo recorde às reais demandas de um ambiente de trabalho. Ou projetar, com base em estilos arquitetônicos predefinidos, plantas baixas mais coerentes com as necessidades dos usuários. Uma realidade que parecia distante há 5 anos já acontece – e evolui a passos largos.

Sem limites para criar
Softwares que sintetizam, agilizam e parametrizam boa parte dos aspectos subjetivos quantificáveis de um projeto já são realidade na vida dos arquitetos e engenheiros. Chamadas de design generativo, essas ferramentas chegam para otimizar tarefas repetitivas na fase de conceituação e desenvolvimento dos projetos, liberando mais tempo para que os profissionais se debrucem em trabalhos subjetivos e complexos.

Recentemente, o arquiteto e pesquisador Stanislas Chaillou foi além e criou uma metodologia geracional utilizando Generative Adversarial Neural Networks (GANs) para criar plantas baixas baseadas em estilos arquitetônicos. Treinando e refinando uma série de algoritmos com base em modelos arquitetônicos específicos, o projeto gerava imagens e feedbacks sobre a qualidade dos resultados em tempo real. O resultado do trabalho foi aplicado em um empreendimento imobiliário de grande escala localizado no Lower East Side, em Manhattan.

Em menor escala, os ambientes de trabalho também podem ser positivamente impactados com o uso da IA. Um exemplo é o estudo feito pelo Steelcase Workplace Advisor Study em seu novo Centro de Aprendizagem e Inovação em Munique, Alemanha. De janeiro a março de 2018, sensores instalados nas dependências do empreendimento mediram o comportamento dos usuários em horário comercial para obter informações sobre a ocupação dos espaços e, assim, medir a validade dos princípios de design, obter insights sobre o uso dos espaços e entender áreas de melhoria.

Os milagres da mão humana
Com tantos recursos tecnológicos em mãos, é inevitável repensar o papel da arquitetura enquanto catalizadora de mudanças na sociedade. O BIM e o Revit são exemplos de como a tecnologia vem para resolver gaps no ambiente construído, mas reafirmam a importância da mão humana na construção de soluções para os problemas emergentes do mundo.

Foto: Seanbatty/Pixabay.com

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