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Máquinas vs homens: inteligência artificial desafia o futuro do trabalho

Não é de hoje que o avanço da tecnologia desafia os seres humanos no mercado de trabalho. Na manufatura, por exemplo, linhas de montagem totalmente robotizadas demandam apenas que alguns operadores programem fábricas inteiras para trabalharem sem interação humana. No ambiente corporativo, tarefas cada vez mais digitalizadas e automatizadas transformam as rotinas de trabalho e substituem cargos e funções já há um bom tempo. Nesse cenário, o que mais se busca é a economia de recursos e o aumento da produtividade, aprimorando ainda a qualidade do produto ou serviço que é entregue para o cliente.

E com o advento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, hoje quem mais desafia o futuro do trabalho – inclusive o intelectual – são os dados e os algoritmos. Por meio da aprendizagem de máquinas, por exemplo, veículos autônomos já começam a rodar pelo mundo, drones são testados para fazerem entregas de correspondências e mercadorias e tecnologias são treinadas para identificar doenças em seres humanos, analisando de uma só vez milhões de amostragens por segundo.

Atividades altamente padronizadas e repetitivas, que demandam altas quantidades de análises de dados estão fadadas ao desaparecimento. No início do ano, um estudo da UnB (Universidade de Brasília) concluiu que 54% dos empregos formais deverão ser substituídos por máquinas – e essa é apenas uma das inúmeras estimativas que apontam para a drástica substituição de homens por máquinas no mercado de trabalho. E a pergunta que fica é: qual seria, então, o futuro do trabalho? E o trabalho do futuro?

O que só o homem é capaz de fazer
Você provavelmente já ouviu falar de algum conhecido que hoje é motorista de aplicativo. Esse talvez seja o exemplo mais claro de como, ao mesmo tempo em que a tecnologia extingue funções e cargos, cria novos empregos e abre novas perspectivas de trabalho e de carreira. 

Para aqueles que atuam em campos ligados à engenharia da computação e à tecnologia, oportunidades não faltam, já que mesmo a inteligência artificial depende dos seres humanos para serem constantemente ensinada e aprimorada.

Por outro lado, outras habilidades passam a ser cada vez mais exigidas. A criatividade talvez seja a mais importante delas, e máquina nenhuma – pelo menos por enquanto – é capaz de desenvolver a capacidade de ser criativa sem os inputs humanos. A empatia e a capacidade de tomar decisões sem base histórica, assumindo toda e qualquer tipo de incerteza, também são características que tecnologia alguma possui. 

Diante deste cenário, como passar ileso por mais uma revolução no mercado de trabalho? Segundo Alvin Toffler, escritor e futurista norte-americano (1928-2016), “o alalfabeto do século 21 não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. Além disso, ser autodidata em um mundo em que as coisas mudam constantemente e em velocidade exponencial também é palavra de ordem na opinião de Mauricio Benvenutti, especialista em inovação e morador do Vale do Silício desde 2015, em entrevista concedida recentemente para o podcast “Aquelas Duas”, por Isabella Saes e Cora Rónai, que você pode conferir na íntegra aqui

Imagem: divulgação Tumisu/Pixabay.com

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