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Soluções de projeto para manter o foco no trabalho

Estimular a troca, a integração e a criatividade entre os colaboradores com espaços cada vez mais abertos em projetos de interiores corporativos virou tendência nos últimos anos. Mas, quando o assunto é foco, a configuração aberta pode mais atrapalhar do que ajudar. “O open space  é vantajoso no sentido de aproveitamento de espaço, mas pode não funcionar para todos os colaboradores e nem para todas as atividades praticadas em uma empresa”, explica Pierina Piemonte, arquiteta da LPA Arquitetura.

Segundo um estudo da Haworth publicado em 2016, os funcionários de um escritório perdem em média 28% de seu tempo produtivo devido a interrupções e distrações, e demoram cerca de 25 minutos para retomarem sua tarefa original. E uma vez interrompidas, as pessoas concentram-se em pelo menos outras duas tarefas antes de retomar a tarefa original.

As companhias já começam a entender a importância de criar meios para que a equipe mantenha a atenção focada no trabalho, principalmente quando a função desempenhada é mais técnica do que criativa.

Além de móveis corporativos desenhados especialmente para o foco, surgem as quietrooms e as phoneboots, salas cada vez mais comuns entre os projetos de interiores corporativos. Elas vêm para solucionar os maiores problemas de perda de foco no trabalho: o barulho e o contato visual.

Nas quietrooms, a ideia é proporcionar um espaço de trabalho de média a longa permanência, totalmente isolado dos ruídos externos. Nesse sentido, cores mais neutras e mobiliários mais ergonômicos devem ser priorizados. O contato visual pode ou não ser isolado, desde que a acústica seja bem trabalhada com vidros duplos, septos, forros e revestimentos acústicos.

No Projeto M, o quietroom assume ares de casa, conferindo um ambiente de média a longa permanência com cores neutras e poltronas confortáveis para trabalho. O vidro que divide a sala das áreas de trabalho contúnuo é duplo, garantindo o isolamento acústico necessário.

Nas phoneboots, os cuidados com o isolamento acústico e visual prevalecem, mas a ideia é projetar um ambiente de curta permanência e para poucas pessoas. Nesses espaços, o uso de cores e de identidade visual é mais livre, assim como o mobiliário costuma ser menos ergonômico. Ainda no Projeto M, as salas comportam até três pessoas, e o contato visual é cortado pela disposição das mesas e cadeiras, viradas para a parede.

Foco no open space

Mesmo em estações abertas, é possível projetar espaços para grupos de trabalho mais focados. Primeiro, é preciso pensar em estações mais distantes do staff, para amenizar tanto quanto possível o barulho oriundo das áreas de transição e com grande concentração de pessoas.

Outra dica é pensar em mobiliários mais altos, que cortam o contato visual com o restante do ambiente, como na sede da Bain & Company em São Paulo. No mesmo espaço, sofás com encostos altos alocados no meio do ambiente dão uma sensação maior de privacidade, além de garantirem mais conforto acústico para conversas e reuniões rápidas.

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