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Change management: e a arquitetura corporativa com isso?

Transformações sempre fizeram parte das nossas vidas. No âmbito pessoal ou profissional, elas costumam representar um importante motor de crescimento para aqueles que entendem a mudança como necessária. Quem não se adapta, está fadado a estagnar. As empresas, invariavelmente, seguem a mesma lógica. 

Seja para responder aos ambientes em rápida mudança, para melhorar o desempenho geral da organização, para atender rapidamente às demandas dos clientes, aumentar a lucratividade, repensar modelos engessados de negócio, criar novos produtos e serviços ou até para readequar o compliance a fim de atender às novas normas legais e regulamentares. No âmbito institucional e corporativo, não faltam razões para mudar constantemente. 

Mas por menores que sejam as transformações, nunca é tão simples readequar o tripé pessoas, processos e espaços dentro das empresas. Incorporar no cerne – e no layout corporativo – da organização todas as mudanças que ocorrem no ambiente de trabalho é, no mínimo, uma tarefa desafiadora. 

E é para isso que o change management (ou gerenciamento de mudanças) foi criado. Embora pareça ser um termo novo, a abordagem já é estudada por filósofos, pesquisadores e especialistas em negócios há muitos anos. A ideia aqui é pensar em um plano estruturado para preparar, equipar e apoiar os indivíduos a adotarem com sucesso as mudanças em seus locais de trabalho.

O poder do espaço
Como já falamos por aqui, os ambientes que frequentamos nos afetam positiva ou negativamente. Durante um movimento de mudança, é imprescindível repensar também se os locais de trabalho oferecidos pela empresa conversam com as atividades exercidas ali dentro. Vamos supor que durante uma transição, equipes multidisciplinares comecem a interagir como nunca antes. Nessa hora, vale se perguntar: o meu escritório comporta essas novas interações e atividades? 

Historicamente, é cada vez mais comum que os layouts corporativos sejam cada vez mais abertos e colaborativos. Em contrapartida, é importante pesar também a importância dos espaços dedicados aos trabalhos individuais. Saber balancear essas necessidades também é um trabalho a ser feito na hora de gerenciar as mudanças. 

O arquiteto tem um papel fundamental no momento de tomar estas decisões. Através da análise da cultura da empresa, do padrão de uso dos espaços e da observação do dia a dia da empresa, é possível sugerir as melhores soluções para um novo layout. “Na LPA, trabalhamos com a ferramenta de Space Planning que aplicamos nos cliente para ajudá-los a entender onde estão e aonde querem chegar, qual será o caminho a percorrer, além de questões como quantidade, qualidade e utilização dos espaços”, conta Pierina Piemonte, sócia da LPA Arquitetura.

Trabalho flexível
A palavra de ordem agora é flexibilidade. As jornadas de trabalho semanais in loco já estão sendo colocadas em xeque por modelos diferentes de colaboração. O home office e as jornadas flexíveis de trabalho já começam a diminuir o fluxo de pessoas circulando pelas salas e corredores das empresas. O layout, agora, precisa ser cada vez mais funcional. 

Na hora de repensar os espaços para atender a essa nova dinâmica corporativa, uma abordagem holística – que contemple pessoas, processos, tecnologias e ambiente de trabalho – tende a ser mais bem-sucedida durante um processo de mudança.

“Acreditamos no poder do espaço. Ele pode transformar a maneira das pessoas pensarem, sentirem e se relacionarem. A arquitetura tem realmente este poder e através dela a empresa/corporação pode concretizar as mudanças tão desejadas”, finaliza a arquiteta.

Foto: divulgação Alexas_Fotos/Pixabay

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