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Como orçar projetos com BIM

Em tempos de cautela financeira, conceber projetos eficientes é crucial para o sucesso final de uma obra, seja ela nova ou de retrofit. E não tem como não pensar em BIM (Building Information Modelin) quando o assunto é quantificação automática e precisa na orçamentação. Embora a implantação do sistema seja uma pauta antiga no mercado, ainda há muito o que percorrer na cadeia produtiva.

A principal vantagem de projetar uma obra em 3D utilizando a metodologia BIM é que, enquanto os modelos tridimensionais são criados, a representação gráfica dos desenhos é gerada automaticamente. Com isso, os critérios de quantificação são padronizados e qualquer alteração no projeto é atualizada de forma automática em todas as folhas já compostas.

É na quantificação correta que a “magia” acontece. E o ponto de partida é o projeto de arquitetura. É dele que se extraem bons subsídios para que os projetos complementares e os memoriais descritivos sejam cada vez mais detalhados.

Enquanto o mercado avança rapidamente na formação de profissionais habilitados para ler e projetar em 3D, quantificar detalhadamente as obras ainda representa um desafio aos projetistas. O engenheiro Pedro Badra, em seu e-book recém lançado, o “Orçamento de obras em tempos de BIM”, editado pela ConstruLiga, conta que o grau de precisão de um orçamento utilizando modelos tridimensionais de projeto pode chegar a 95%.

Muito mais que apenas migrar

Apenas migrar de um modelo de projeto para outro parece não ser suficiente para alcançar esse nível de precisão em um orçamento. É essencial compreender que um orçamento bem detalhado com BIM prescinde de algumas etapas de projeto. Segundo Badra, alguns conceitos precisam ser entendidos, como o de base de dados. Uma base de dados sólida garante, por exemplo, que informações de preço, unidade e de insumos e serviços sejam acessados rapidamente.

Estruturar o orçamento para que os projetistas consigam obter os valores da obra por etapas, por serviço e globais também é uma etapa é importante, segundo o autor, porque é nessa fase que “serão utilizadas as informações do levantamento quantitativo, da base de dados de serviços e da base de dados de recursos/insumos”. “Com o uso da informática na orçamentação, as composições já estão armazenadas nos bancos de dados, os insumos já estão cotados (daí a necessidade de estarmos constantemente atualizando-os), os sistemas farão as contas e os totais serão obtidos rapidamente”, explica o engenheiro.

Outro desafio é estruturar parâmetros de qualidade para quantificação, já que atualmente não há um sistema de orçamento que vislumbre todas as informações e soluções que envolvam o assunto em uma única plataforma. A interação dos softwares de orçamento com os de BIM também representa um desafio, já que essa transferência de dados ainda depende da interação humana.

Em seu e-book, resultado de uma coletânea de artigos veiculados entre julho de 2017 e fevereiro de 2018, Badra aborda desde o conceito de base de dados, passando por parâmetros para quantificação até o BIM na orçamentação e as ferramentas atais. O livro pode ser baixado gratuitamente na plataforma da ConstruLiga pelo link.

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