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Retail Design: entenda o conceito e transforme seu ponto de vendas

Um levantamento feito pela NZN Intelligence em 2019 aponta que 74% dos consumidores preferem a modalidade online em relação às compras realizadas em lojas físicas. É que, hoje em dia, com apenas um smartphone nas mãos é possível realizar transações seguras, de qualquer lugar do mundo, comparando melhores preços e ainda consultando a reputação de lojas e dos produtos que desejamos comprar. 

Embora as vendas online atraiam cada vez mais os consumidores, pelas inúmeras vantagens que o e-commerce pode trazer para o cliente, as lojas físicas ainda representam uma parcela importante das vendas para as marcas. Ou pelo menos para aquelas que já entenderam os novos anseios dos seus consumidores.

Nos dias de hoje, com tantos estímulos instigando o nosso desejo de compra, não basta investir em uma vitrine atraente. Antes de mais nada, as marcas precisam conversar com o seu público-alvo, e será necessário pensar em um conjunto de ações para quebrar a monotonia das vitrines e expositores, engajando os clientes no mundo da marca. É assim que o retail design vem para proporcionar aos clientes tudo o que um clique não pode comprar. 

Muito além do design
Para Cintia Lie, arquiteta e coordenadora do curso de Retail Design & Visual Merchandising do Istituto Europeo di Design São Paulo (IED-SP) em entrevista concedida ao instituto, retail design (ou design de varejo) é o casamento ideal entre as ações de negócio, de organização espacial, de comunicação e de experiências adotadas nos pontos de vendas. Trocando em miúdos, retail design é quando a marca consegue traduzir seu DNA em seus endereços, gerando toda uma experiência positiva para o consumidor.

Foto: Sara de Santis

Antes de partir para um projeto de arquitetura e de design de interiores, é preciso captar bem a essência da marca e conhecer a fundo o perfil de seu público-alvo. Conhecer profundamente os produtos e serviços ofertados também auxilia na hora de adotar as melhores-práticas para manter o sucesso do espaço. 

Quando o ponto de venda é bem planejado e amparado por muito storytelling, visual merchandising e um projeto de arquitetura que dê igual atenção à fachada, à vitrine e aos espaços internos, atrair um cliente é pode ser questão de segundos. 

Experiência em primeiro lugar
Hoje em dia, criar ambientes que proporcionem experiências únicas para os clientes é o objetivo final das grandes marcas. Foi o que a Kit Kat fez em sua primeira loja física inaugurada nas Américas, com projeto da LPA Arquitetura. Além do conceito arquitetônico da loja, que aposta nas cores e nos pequenos detalhes, a tecnologia vem para melhorar a experiência de compra. É possível, por exemplo, comprar os produtos em um totem logo na entrada, jogar um jogo dentro do mundo Kit Kat e até personalizar os chocolates com fotos e recheios.

Outra aposta é abolir o vidro e o padrão tradicional de expor as mercadorias e convidar o cliente a entrar na loja, criando quase que uma grande vitrine interna. Nesse caso, o comércio inteiro vira exposição e merece igual atenção.

Foto: Edson Ferreira

O projeto luminotécnico é fundamental nesse tipo de projeto. Ele tem o poder de atrair, de criar a atmosfera desejada e até de manter as pessoas no local. 

E com a dose certa de criatividade e muita pesquisa de marca, vale ainda brincar com as cores, com os sons e até com os aromas. Afinal, quem nunca se sentiu atraído simplesmente pelo cheirinho característico de uma loja? 

Foto de capa: Sara de Santis

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