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Experiência em primeiro lugar: varejo se reinventa e transforma a jornada de compras nas lojas físicas

É muito provável que você já tenha entrado em uma loja e, mesmo sem pretensão, tenha saído com alguma comprinha na sacola – e com uma sensação de prazer repentina. É que, segundo a neurociência, o ato de comprar algo que desejamos libera dopamina – também conhecida como neurotransmissor do prazer e da recompensa – em nosso cérebro. 

Mas com o bombardeio de informações e de estímulos que temos nos dias de hoje, não é nada fácil garantir que um consumidor entre em uma loja e saia de lá com o cupom fiscal nas mãos. Especialmente por conta da revolução digital, a jornada de compras do consumidor mudou, e convencê-lo de que o produto x é melhor do que o produto y virou uma tarefa bastante complexa.

Hoje em dia, é muito provável que o cliente entre em uma loja já sabendo sobre a reputação da marca, os preços de produtos similares da concorrência e a avaliação do público a respeito do que ele deseja comprar. Nesses casos, a experiência que o ponto de vendas vai proporcionar ao seu público é o que pode converter o desejo em consumação. E é aí que muitas marcas chegam na frente e fidelizam o cliente.

Na prática, além de um projeto de arquitetura e de design de interiores muito bem planejados, atentando para pontos importantes como a iluminação, inúmeras ferramentas podem ser usadas a favor dos pontos de vendas. A começar pela tecnologia.

Sem caixas, sem filas 
No varejo, a aposta é integrar o mundo online e offline para proporcionar uma experiência 360° para o cliente. De olho na tendência, a Amazon saiu na frente e lançou, no ano passado, a primeira loja física do mundo sem caixas, sem atendentes e, claro, sem filas.

Situada em Seattle, nos EUA, a loja conceito da marca carrega o lema “Grab and Go” (pegue e vá, em português). Não à toa, basta entrar na loja, pegar o produto que deseja e sair.

A comodidade é garantida por tecnologias incorporadas no ponto de vendas, como visão computacional, sensor fusion e deep learning, capazes de ver qual produto você retirou da gôndola e levou pra casa. O valor é debitado diretamente no seu cartão de crédito. 

Apele aos cinco sentidos
Perfume exalando na loja não é mais exclusividade das perfumarias. No marketing sensorial, o olfato é uma das táticas usadas pelas marcas para se fazerem ser lembradas. A Melissa, por exemplo, entendeu bem o conceito e o cheiro característico dos seus calçados permeia também todo o espaço do ponto de vendas. 

Apelar para os cinco sentidos dos seres humanos, ao invés de focar apenas na visão e na audição, é uma boa forma de blindar as marcas da famosa cegueira de banner – já que nos acostumamos tanto com anúncios e propagandas comuns que, às vezes, ignoramos esses estímulos sem perceber.

Experimente em casa
A experimentação – ou sampling, como também é conhecida – é outro artifício que o varejo domina bem. Mas assim como os hábitos de consumo mudam, as estratégias também precisam ser aprimoradas. 

Agora, propiciar a experimentação de produtos apenas nos pontos físicos das lojas não basta. Com o poder dos dados, marcas já são capazes de criar estratégias de sampling conectadas com o perfil e as necessidades dos consumidores. Para chegar até eles, utilizam redes sociais, e-mail marketing e anúncios virtuais, selecionando os interessados e enviando amostras diretamente para as suas casas. Assim, aumentam significativamente as chances de acabar com as dúvidas dos clientes diante inúmeras opções das gôndolas. 
 

Fotos: divulgação Wikimedia

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